Os números do diagnóstico da violência doméstica no Amapá, foram apresentados pela Promotoria de Justiça da Defesa da Mulher, do Ministério Público do Amapá (MP-AP). O relatório de 2022 aponta que 2.342 casos de agressões contra a mulher foram denunciados à Justiça. Os municípios de Macapá com (55%), Santana (15%) e Laranjal do Jari (10%), lideraram os registros. Na maioria deles, (73%), as vítimas disseram que sofreram agressão mais de uma vez do companheiro. Grande parte dessas mulheres dependiam financeiramente dos parceiros.
Em (86%) dos casos a violência aconteceu no ambiente familiar e com maior incidência a noite. Os dados também revelaram o perfil dos agressores. A maioria está na faixa etária entre 26 e 35 anos, as vítimas também estão nessa faixa de idade.
Os principais agressores são maridos ou ex-companheiros. As ameaças lideram com (43%), seguido de Lesões corporais (31%) e injúrias (14%). Em relação ao vínculo conjugal entre eles, (50%) convivem em união estável. Ciúmes, consumo de bebida alcoólica e o uso de drogas aumentam o risco da agressão.
Para a promotora, Alessandra Moro, permanecer no ciclo de violência sem buscar denuncia, pode ocasionar consequências trágicas, como um crime de feminicídio.
No ano passado, foram 6 registros de feminicídios no Estado, e somente nos 4 primeiros meses desse ano, 5 mulheres já foram assassinadas pelos seus companheiros ou ex-companheiros.
As instituições de proteção a essas vítimas, como a Promotoria da Mulher, buscam através dos dados um trabalho não só punitivo, mas de implementação de políticas públicas.