Os drones serão utilizados como uma ferramenta estratégica de gestão nas unidades de conservação no Amapá
Servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade do Amapá (ICMBio/AP), participaram, entre os dias 03 e 07 de julho, do curso de operação de aeronaves remotamente pilotadas (ARP), conhecidas popularmente por drones. A capacitação foi ministrada por servidores do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão subordinado ao Ministério da Defesa. A ideia é habilitar os participantes para utilizar os drones nas diversas atividades desempenhadas pelos gestores das unidades de conservação.
Além da expertise sobre pilotagem, os participantes também tiveram aulas sobre legislação, fundamentos teóricos, manutenção dos equipamentos e atividades práticas ministradas no Bioparque da Amazônia. “O curso tem o objetivo de capacitar os alunos com relação à legislação e simular missões relacionadas ao dia a dia da instituição”, explica o instrutor do curso e analista de Geointeligência do Censipam, Darlô Sobrinho.
O curso também contou com o apoio da Coordenação de Fiscalização – COFIS do ICMBio. O drone já é uma ferramenta bastante consolidada nas atividades de fiscalização. “Nós temos uma demanda de formação de novos operadores. São repassadas noções de voo com segurança, simulando atividades de fiscalização como ela é feita na realidade, procurando prever questões relacionadas ao clima como o calor, umidade e o vento, direcionando o uso desses equipamentos para as peculiaridades da Amazônia”, destacou o técnico-administrativo e agente de fiscalização da COFIS, Danilo Frederico.
A aplicação dessa ferramenta será fundamental em várias áreas temáticas na questão da conservação da biodiversidade. “A gente vê aplicação em ações de proteção, melhorias na fiscalização, monitoramento de incêndios florestais, monitoramento da biodiversidade, educação ambiental e na divulgação de imagens de locais com grandes belezas cênicas que estão inseridas nas unidades de conservação do Amapá, fortalecendo o potencial turístico dessas áreas”, explicou a analista ambiental do Núcleo de Gestão Integrada Amapá Central, Laís Aquemi Ohara.
Participaram do curso servidores do Parque Nacional do Cabo Orange, da Estação Ecológica Maraca-Jipioca, da Floresta Nacional do Amapá, do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, da Reserva Biológica do Lago Piratuba, da Reserva Extrativista do Rio Cajari, da Floresta Nacional de Mulata (PA), do Núcleo de Gestão Integrada de Itaituba (PA) e agentes da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente da Polícia Federal do Amapá.
O Censipam é um parceiro do ICMBio, sobretudo em operações de fiscalização na Amazônia, por meio do uso de drones para combater garimpo e desmatamento em áreas protegidas. O uso de drones permite aprimorar o monitoramento de áreas que estão sofrendo algum tipo de ilícito, a partir de uma distância segura, sem contato com o agente da atividade ilegal.
Com informações de Alessandra Lameira
