No último sábado (8), o Governo do Amapá iniciou mais uma edição do projeto “Samuzinho”, que vai capacitar mais de 100 crianças e adolescentes para atuarem como mini socorristas. A iniciativa, coordenada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Amapá (Samu-AP), busca ensinar noções básicas de primeiros socorros, além de cidadania, legislação de trânsito e boas práticas de convivência.

A Escola Estadual Deusolina Salles Farias, em Macapá, foi o primeiro local a receber o projeto, que acontecerá a cada 15 dias, sempre aos sábados. Durante as aulas, os alunos aprendem desde os conceitos teóricos até a prática, utilizando os espaços da escola para os treinamentos. Na primeira atividade, os participantes receberam instruções sobre reanimação cardiopulmonar (RCP), técnicas de desobstrução de vias aéreas e prevenção de acidentes domésticos.

O coordenador do Samu-AP, Donato Farias, destacou a importância de preparar as crianças para lidar com situações de emergência. Segundo ele, além do conhecimento técnico, o projeto também trabalha a conscientização sobre a importância do serviço de urgência e a necessidade de evitar trotes. “Nosso objetivo é ensinar essas crianças e adolescentes a agirem corretamente diante de uma emergência, além de reforçar valores importantes, como responsabilidade e solidariedade”, afirmou.
Pais e responsáveis também reconhecem a importância do aprendizado. O técnico em enfermagem Aelton Ferreira, pai da estudante Clarice, acredita que a capacitação traz mais segurança para as famílias. “Saber que minha filha está aprendendo algo tão essencial me deixa mais tranquilo. Nunca sabemos quando uma emergência pode acontecer, e esse conhecimento pode fazer a diferença”, disse.

A estudante Isabella Castro, que participou das atividades, celebrou a oportunidade de aprender algo novo. “É uma experiência muito legal, algo que foge do que costumo fazer no dia a dia. Estou adorando e tenho certeza de que vamos aprender muito”, comentou.
O projeto “Samuzinho” é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e, ao longo de 10 anos, já capacitou mais de 20 mil estudantes. Além das crianças e adolescentes, acadêmicos de enfermagem e medicina também têm a oportunidade de participar como instrutores, contribuindo para sua formação profissional.
Mais do que ensinar técnicas de primeiros socorros, o projeto promove responsabilidade social e reforça o compromisso da gestão pública com a educação, a saúde preventiva e a construção de uma sociedade mais preparada e solidária.