Segurança

PF realiza Operação “Diploma Express” para desarticular esquema criminoso dentro da UNIFAP

Compartilhe

Há suspeitas de que alguns servidores da Universidade estariam em um esquema de corrupção para influenciar na emissão de certificados de conclusão de curso.

Na manhã desta sexta-feira, 10, a Polícia Federal deflagrou a Operação “Diploma Express”, onde três mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos bairros Jardim Marco Zero, Trem e na região central de Macapá.

A operação busca desvendar um esquema de cadastro falso e de facilitação para emissão de certificados de conclusão de cursos, onde os servidores envolvidos se aproveitavam de uma questão burocrática da emissão dessas certificações, uma vez que os centros universitários, ou seja, universidades que possuem menos de oito cursos ofertados, não podem registrar os seus próprios diplomas.

Para que esses certificados sejam validados, há a necessidade de envio destes diplomas para uma universidade federal, a fim de viabilizar o seu registro. Desse modo, estariam sendo remetidos diplomas de todo o Brasil para serem registrados na UNIFAP, diante da baixa demanda para registro de diplomas no estado do Amapá.

Ocorre que foram colhidos indícios de que servidores da UNIFAP supostamente estariam cobrando uma “taxa de apressamento”, com valores de R$ 150,00 por certificado para que os referidos documentos fossem emitidos de maneira célere.

No decorrer das investigações, também foram colhidos indícios de que a Faculdade de Teologia e Ciências Humanas (FATECH), situada em Macapá, estaria emitindo diplomas contendo informações falsas.

A PF investiga se há, de fato, um esquema de emissão de diplomas de curso superior e pós-graduação sem que o aluno houvesse, de fato, cursado a faculdade, bastando apenas que o aluno apresentasse um certificado de “curso livre” em teologia e, em seguida, funcionários da FATECH supostamente adicionariam as matérias faltantes até preencher a carga horária legal necessária para a emissão do diploma.

Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção passiva e de falsidade ideológica e as penas podem chegar a 17 anos de reclusão, mais pagamento de multa.

Com informações da Comunicação Social da Polícia Federal no Amapá

Compartilhe