Saúde

“Pezinhos Dourados” quer montar banco de órteses para criança em tratamento com Pé Torto Congênito

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A cerca de um ano, a Associação “Pezinhos Dourados” surgiu para ajudar crianças que nascem com o Pé torto congênito. No Amapá, mais de 100 crianças fazem tratamento com o método Ponseti, não invasivo e de baixo custo. Os pais do Pedro de 4 meses, detectaram a deformidade no filho, e iniciaram o tratamento aos 27 dias do nascimento do bebê. Ele já passou pela colocação de gessos seriados e agora usa uma órtese de abdução, que é um par de sapatos de couro, abertos na frente, conectados por uma barra firme. Para os pais, vale a pena todo sacrifico para ver o filho andando normalmente quando já estiver grandinho.

Foto: Thaísa Coutinho e Rodrigo Almeida, pais do Pedro, de 4 meses.

O método Ponseti, Consiste em manipulações e imobilizações seriadas e tenotomia do tendão de Aquiles, para obter a correção das deformidades do pé torto congênito. Após a tenotomia, é usada uma órtese para manter a correção obtida e evitar sua recidiva. O Ponseti, utilizado internacionalmente como padrão ouro para o tratamento do pé torto em casos de crianças pequenas, tem sido usado no Amapá pelo ortopedista Roberto Dourado, que atende de forma voluntaria pacientes com a deformidade, através do projeto “Pezinhos Dourados”. Ele destaca a eficiência do método, mas fala que existe a necessidade de oferecer esse atendimento através do Sistema Único de Saúde – SUS. “agora a gente quer chegar no poder público para gente implementar esse método pelo SUS, pra que a gente possa ter o tratamento de qualidade de forma gratuita para toda rede pública”, enfatiza o dr. Dourado.

Foto: Dr. Roberto Dourado

O projeto surgiu com a Michele Oliveira, que é mãe de uma criança que faz o tratamento. Ela que sentiu na pele as dificuldades da assistência na rede pública de saúde, decidiu ajudar famílias que vivem um drama para conseguir atendimento. A ideia foi abraçada pelo doutor Roberto, que tem ajudado muitas famílias no Amapá com o método Ponseti.

Foto: Michele Oliveira, presidente da Associação “Pezinhos Dourados”

“Nem todas as mães têm condições de comprar essa bota, e muito menos de mantê-la, porque o tratamento é a longo prazo, são quatro anos, então, são trocadas cerca de 6 botas, e cada uma aqui no nosso estado deve tá saindo em torno de 1 mil reais, e fora do estado a Associação tá conseguindo comprar por 380 reais. A gente tem o plano de montar o banco de órteses aqui do nosso estado pra manter essas crianças no tratamento.” Conclui a Michele.

Mesmo com o tratamento mais acessível, por meio do projeto “Pezinhos Dourados”, muitas famílias não conseguem comprar as órteses de abdução, que são as botinhas ortopédicas. Para ajudar, a associação tem realizado companhas para adquirir e doar para crianças em tratamento.

Quem quiser ajudar a associação “Pezinhos Dourados” pode entrar em contato pelo telefone (96) 98121-5127.

Pelos dados da organização de ortopedistas do Brasil, a cada ano, nascem cerca de 4 mil crianças com pé torto congênito. O problema ocorre em cerca de uma para cada 750 crianças nascidas vivas. O Pé torto congênito é uma alteração nos ligamentos, músculos, tendões e ossos do pé que acontece ainda na gestação.

Click Comunicação

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