Economia

Parceria entre portos do Amapá e China inaugura nova rota marítima para comércio internacional

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Uma nova rota marítima está sendo planejada para conectar o porto de Santana, no Amapá, ao porto de Zhuhai, na China, criando uma importante ligação entre o Brasil e um dos maiores centros produtivos da Ásia. O governador em exercício, Antônio Teles Júnior, participou nesta segunda-feira, 4, da cerimônia de assinatura de um protocolo de intenções entre a Companhia Docas de Santana (CDSA) e o Governo de Zhuhai. O evento, realizado no Cine Teatro Municipal Silvio Romero, marca um passo significativo na integração do Amapá com o mercado internacional.

Foto: Ascom GEA

“Conectar Santana a um dos principais centros produtivos da China é muito importante. Esse diálogo cria uma oportunidade no mercado internacional para que nós possamos ofertar o que se produz na região de Zhuhai para o Brasil”, afirmou Teles Júnior, ressaltando que o objetivo é inserir os portos do Amapá na rota de acesso ao maior mercado consumidor do mundo.

A parceria busca fortalecer a infraestrutura portuária de Santana e transformar a cidade em um hub estratégico para o comércio exterior. A nova rota também promoverá a aproximação da Zona de Livre Comércio de Macapá e Santana com a Zona de Livre Comércio do Porto de Gaolan, em Zhuhai, criando sinergias logísticas e tecnológicas entre as duas regiões.

O representante do governo chinês, Huang Jianping, destacou que a iniciativa beneficiará as populações de ambos os locais: “Santana e o Amapá vão crescer muito. Vamos preparar tudo para que o primeiro navio inicie a rota em dezembro”, disse Jianping. A primeira transação pela rota está prevista para ocorrer no próximo mês, com o envio de 75 toneladas de biofertilizantes para pesquisas na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), com retorno do navio para a China carregado de grãos.

O protocolo de intenções inclui ações para aprimorar a cadeia logística e industrial do porto de Zhuhai e prevê intercâmbios tecnológicos e capacitação de talentos em ambos os países, ampliando as possibilidades de cooperação e desenvolvimento econômico. A expectativa é que a nova rota impulsione o comércio internacional pelo Norte do Brasil e fortaleça a posição de Santana como porta de entrada de produtos como biofertilizantes, além de criar novas oportunidades econômicas para o Amapá.

“Intensificar as relações pelo Norte é fundamental. Ter uma rota marítima Brasil-China é altamente estratégico para ambos os países”, destacou o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

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