As Prefeituras de Macapá e do Município de Ouidah, localizado no país Benin, assinaram Acordo de Irmanação. A solenidade ocorreu nesta segunda-feira (20), no Centro de Cultura Negra do Amapá Raimunda de Nazaré da Silva Ramos, no bairro Laguinho.
A iniciativa estreitará laços ancestrais entre Macapá e a cidade situada na África Oeste, bem como viabilizará ações, como especialização para professores; intercâmbio de estudantes; relações econômicas e culturais entre artistas; artesãos e intercâmbio na agricultura.
De acordo com a Secretaria de Relações Internacionais de Brasília (DF), a irmanação entre cidades “ocorre quando duas ou mais localidades compartilham de características em comum que as aproximem”.
Presentes na assinatura do Acordo: o prefeito Dr. Furlan (MDB); o chefe do Executivo de Ouidah, Christian Houétchénou; o diretor-presidente do Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir), padre Paulo Roberto Matias; a representante do Ministério da Cultura de Benin, Borna Annette Carole Huguette; a vice-prefeita da cidade Rémire-Montjoly, na Guiana Francesa, Josephine Egalgi; integrantes de Caiena; Paris e República do Congo; comunidade negra de Macapá; vereadores; imprensa; servidores municipais, entre outras autoridades.
A solenidade ocorreu durante a III Semana Amapá África Amazônica 2024, organizada pela Academia Amapaense de Batuque e Marabaixo (AABM), em parceria com a Prefeitura de Macapá, por meio do Improir.
“Com esse decreto, abrimos uma porta à África. Realizamos este evento no Centro de Cultura Negra, completamente reconstruído na nossa gestão. Recentemente entregamos a Praça Povos do Meio Mundo, que tem a figura de uma mulher preta representada. Ouidah assina um protocolo de intenções com Macapá, a única capital do Brasil localizada no Meio do Mundo”, frisou Dr. Furlan.
Segundo o titular do Improir, “os estudantes do Município, as comunidades quilombolas, ribeirinhas e os universitários poderão à cidade de Ouidah buscar parcerias, troca de experiências e estudar na África. Africanos poderão estudar em Macapá. Haverá troca de expertise na economia, no trabalho, na cultura e na arte. Os artistas macapaenses se apresentarão em Ouidah e vice-versa”, manifestou padre Paulo Roberto.
“Esta missão une os irmãos da África e do Brasil, principalmente da América do Sul. É um dia de felicidade e alegria para mim. Agora, os habitantes de Macapá são filhos e filhas de Ouidah. É um prazer ver nossos irmãos que saíram da África há alguns séculos para fazerem trocas culturais, compartilharem experiências e também iniciarem processo para facilitar a volta deles na terra dos ancestrais”, acrescentou Christian Houétchénou.