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Especialista alerta que é necessário cautela para prevenir queimaduras durante as festas juninas

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Segundo estimativas do Ministério da Saúde, o Brasil registra cerca de 150 mil internações por ano devido a lesões causadas por fogo

Durante os meses de junho e julho, é comum acender fogueiras e lançar fogos de artifício em celebração às festas juninas. No entanto, se essas práticas não forem realizadas corretamente, podem resultar em queimaduras tanto em adultos quanto em crianças. A queimadura é uma das condições mais devastadoras para a saúde, causando dor intensa, longos períodos de internação, diversas sequelas e, em casos graves, até a morte. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, o Brasil registra cerca de 150 mil internações por ano devido a lesões causadas por fogo, e desse total, as crianças representam 30%. Além disso, dados da Sociedade Brasileira de Queimaduras apontam que 70% dos acidentes ocorrem no ambiente doméstico.


A médica Emanuela Biscarde, dermatologista e docente do IDOMED, destaca a importância de precauções durante as festas juninas e o uso de lareiras. “É essencial manter uma distância adequada de fogueiras, especialmente para crianças e animais de estimação. Nunca deixe o fogo desacompanhado e sempre supervisione as crianças próximas a fontes de calor. Utilize ferramentas apropriadas para manusear a lenha e acender o fogo, e tenha sempre por perto um extintor de incêndio, balde de água ou areia para emergências. Além disso, evite usar roupas soltas ou inflamáveis próximas ao fogo”, destaca.

A Dra. Emanuela Biscarde, dermatologista e docente do IDOMED.

Já no ambiente doméstico, algumas medidas simples também são eficazes para prevenir queimaduras, como manter cabos de panelas voltados para dentro e usar os queimadores traseiros do fogão. Também é importante guardar produtos de limpeza e outros agentes químicos fora do alcance das crianças, verificar a temperatura do aquecedor de água, a fim de evitar queimaduras acidentais. Além disso, a profissional recomenda o uso de protetores de tomadas, bem como manter fios elétricos fora do alcance das crianças.

Segundo a professora do IDOMED, queimaduras em grandes extensões do corpo, térmicas ou por eletricidade, necessitam de cuidados médicos urgentes. “Nestes casos, é importante lavar o local com água corrente entre 10 a 15 minutos e procurar atendimento médico. Já para queimaduras elétricas, é necessário desconectar a fonte de eletricidade ou afastar a pessoa da fonte com um objeto não condutor. Após isso, deve-se verificar os sinais vitais e chamar a emergência. Por último, é indicado cobrir as áreas queimadas com um pano limpo e úmido”, afirma.

Tipos de queimaduras e tratamentos
As queimaduras são feridas traumáticas causadas por agentes térmicos, químicos, radioativos ou elétricos. Elas podem ser graves e frequentemente resultam de falhas na instalação elétrica ou do uso inadequado de aparelhos. A dermatologista Emanuela Biscarde explica que elas são classificadas em três graus, cada uma necessitando de um tratamento específico.

Primeiro Grau: Afeta apenas a camada superficial da pele, causando vermelhidão e dor. O tratamento consiste em resfriar a área com água corrente fria por 10-20 minutos e aplicação de pomadas hidratantes.

Segundo Grau: Afeta camadas mais profundas da pele, causando bolhas e dor intensa. Deve-se resfriar a área, não estourar as bolhas, cobrir com uma gaze esterilizada e procurar atendimento médico.

Terceiro Grau: Danifica todas as camadas da pele e pode afetar tecidos mais profundos, deixando cicatrizes. Não se deve remover roupas grudadas na pele. Além disso, é necessário cobrir com um pano limpo e úmido, e buscar atendimento médico imediato.

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