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Encenação da batalha entre mouros e cristãos marca a Festa de São Tiago no Mazagão

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Os 246 anos de Mazagão Velho, foi festejado com muita fé, devoção e alegria, que marcaram o ponto alto da celebração a São Tiago, nesta terça-feira, 25. A tradicional batalha entre mouros e cristãos levou um grande público à vila histórica.

Foto: Ascom GEA

A principal rua do Município, em frente à Igreja de Nossa Senhora da Conceição, que se torna um teatro a céu aberto, ficou pequena para tanta gente.

A população devota encenou, mais uma vez, a batalha religiosa que inicia com o juramento de São Tiago, disfarçado de soldado anônimo, em frente à igreja para então ir de encontro com os inimigos, os mouros. O professor Domingo Videira, de 31 anos, foi quem interpretou São Tiago este ano.

“Esse é um momento que todo cavaleiro espera, a gente se sente honrado depois de tantos anos participando da festa em ser sorteado para ser São Tiago”, disse ele.

Quem foi prestigiar a tradição pela primeira vez, gostou muito, como o servidor público, Caio Semblano, “Vim para conhecer a cidade e a festa, foi muito bom ver a história que a gente só ouviu falar, vim aqui para conhecer os detalhes dessa batalha”.

Foto: Ascom GEA

Batalha entre mouros e cristãos

Próximo ao meio-dia, na batalha, os mouros enviaram um espião para vigiar os cristãos. O espião, Bobo Velho, é apedrejado até a morte. Na peça, a população usa bagaços de laranja para recriar o momento. Do outro lado, os cristãos também enviam seu informante, o Atalaia. Ele consegue roubar a bandeira dos mouros, mas é ferido na fuga e morre próximo ao acampamento cristão, alertando os companheiros. Ele é decapitado pelos mouros.

A encenação recria a batalha que se intensifica após a morte do Rei Caldeira, chefe supremo dos mouros, morto durante o baile de máscaras um dia antes do confronto. O Rei acaba sendo vítima da sua própria emboscada, após comer a comida envenenada enviada aos cristãos.

Na encenação feita pela população, o herdeiro do trono mouro, Rei Caldeirinha, manda seus homens sequestrarem as crianças cristãs e vendê-las em troca de armas e munição.

Quando perceberam que suas crianças haviam sido roubadas, os cristãos iniciaram uma batalha violenta.

Segundo contam, Deus ajudou os cristãos, prolongando o dia, assim eles conseguiram vencer as batalhas até aprisionar o Rei Caldeirinha. A encenação encerra com a tradicional dança do vominê e a aparição das figuras de São Tiago e São Jorge, celebrando a vitória dos cristãos.

Com informações Ascom GEA

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