Cultura

Derrubada dos mastros marca o encerramento do Ciclo do Marabaixo 2024

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No sábado, 1, os integrantes da União Folclórica de Campina Grande (UFCG) fizeram o corte do mastro, anunciando o final do Ciclo do Marabaixo 2024, no Barracão Jesus, Maria e José, localizado às margens do trecho Sul da BR-156, na Zona Rural de Macapá.

Após o ritual, as caixas rufaram para coroar o momento e recepcionar os grupos Nova Geração do Maruanum e Manoel Felipe, que atenderam o convite dos anfitriões e se juntaram à roda de Marabaixo, que integra a programação com apoio do Governo do Amapá.

Foto: Gabriel Penha/GEA

A parte religiosa foi marcada pela tradicional ladainha, rezada em latim onde os participantes e convidados também se juntaram ao grande jantar coletivo, que teve no cardápio a chamada culinária marabaixeira, com pratos como maniçoba, porco guisado, carne assada de panela e o tradicional “cozidão” (caldo de carne), entre outros.

Foto: Gabriel Penha/GEA

“Encerramos mais um Ciclo do Marabaixo na nossa comunidade. Já são 24 anos realizando essa programação. Estamos com o coração satisfeito por mais um ano cumprindo nossa obrigação de manter viva a tradição”, comemora Solange Costa, coordenadora da União de Campina Grande.

Prestigiando a comunidade, estiveram presentes a secretária de Estado da Cultura (Secult), Clícia Vieira Di Miceli e a diretora adjunta da Fundação Estadual de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Feppir), Fundação Marabaixo, Laura Silva.

Para a secretária, o Ciclo do Marabaixo do Amapá festeja a fé e a tradição de um povo afro-guerreiro. “Mais uma vez, o Governo do Estado está presente, garantindo o fomento e seu apoio, para que essa tradição se fortaleça. Estamos festejando a fé e a tradição maior do nosso povo”, ressalta a secretária.

Foto: Gabriel Penha/GEA

Alguns quilômetros da Casa Grande, às margens da Rodovia AP-070, as caixas rufavam no Barracão da Santíssima Trindade da Casa Grande. O grupo cultural também realizava a programação de encerramento do Ciclo do Marabaixo. Lá, porém, o diferencial é que a derrubada do mastro só aconteceu ao amanhecer deste domingo,2.

“É mais um ano que integramos o Ciclo. Fizemos umas das melhores programações e encerramos com a certeza do dever cumprido. Nossa família se uniu para contribuir com a perpetuação dessa nossa rica tradição”, diz dona Josefa Chagas, coordenadora do grupo cultural de Casa Grande.

A diretora adjunta da Fundação Marabaixo, Laura Silva, tocou caixa e cantou junto com os integrantes do grupo. Ela elogiou as atividades. “Campina Grande e Casa Grande mostram a força que tem o Marabaixo na Zona Rural. O Governo do Estado abraça e apoia essa que é a nossa mais autêntica manifestação cultural”, diz a diretora.

Ciclo do Marabaixo

Neste domingo, 2, os mastros serão derrubados nos barracões da Zona Urbana de Macapá, Gertrudes Saturnino (Berço do Marabaixo), Dica Congó (Raízes da Favela), Tia Biló (Raimundo Ladislau) e Marabaixo do Pavão. É nessa ocasião que também serão escolhidos os festeiros para o próximo ano.

Tradição fomentada pelo Governo do Estado

Com o tema: “O rufar dos tambores para além da tradição”, o Ciclo do Marabaixo 2024 é realizado pelos grupos culturais, como sinônimo de cultura, fé e resistência. A programação, que se integra com o calendário da Igreja Católica, iniciou no dia 30 de março, “Sábado de Aleluia” e segue até o “Domingo do Senhor”.

A tradição é fomentada pelo Governo do Estado, por meio da Secult, tendo o apoio da Fundação Marabaixo. Este ano, o investimento foi na ordem de R$ 1,4 milhão, cada grupo cultural recebeu R$ 82 mil para a realização de suas programações.

Foto: Gabriel Penha/GEA

Central do Marabaixo

Pelo segundo ano seguido, tradição, cultura e ancestralidade afro-amapaenses foram celebradas pelo Governo do Amapá com a Central do Marabaixo. Com direito a muita música e dança, o evento encantou o público no Centro de Cultura Negra Raimunda Ramos, em Macapá.

No espaço, os amapaenses e turistas conheceram a história e os elementos da cultura negra do estado, como a gengibirra, o cozidão, bandeiras, mastros, a murta e outros símbolos da expressão cultural criadas e mantidas pelas comunidades.

 

Com informações de Gabriel Penha

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