Startup pretende prestar apoio a 7 mil habitantes através de tecnologia PW5660, em parceria com organizações locais
A comunidade do Equador, localizada no arquipélago de Bailique, Amapá (AP), recebeu a doação do equipamento de purificação de água PW5660, que possibilita a filtragem de até 5.760 litros de água por dia, 4 litros por minuto. A instalação, realizada na casa do Sr. Jacinto – um dos representantes da comunidade local, deve atender a família composta por um grupo de 6 pessoas e, posteriormente, expandida para os 7 mil habitantes totais concentrados no conjunto de ilhas.
A tecnologia, desenvolvida pela PWTech, startup que atua, entre outras áreas na ajuda humanitária em parceria com a ONU sendo uma solução referência no acesso à água potável em crises humanitárias, foi desenvolvida com apoio operacional da em conjunto UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos) e da USP (Universidade de São Paulo), com a finalidade de levar água potável para regiões remotas e afastadas tanto em solo nacional como internacional.
O equipamento é capaz de transformar água doce vinda de chuvas, rios, poços, represas, açudes e lagos em água potável, eliminando 100% de vírus e bactérias e reduzindo em 99% a turbidez da água. Levado em mãos pela startup com a finalidade de apresentar a solução aos órgãos, o equipamento foi deixado como doação.
Hoje, organizações locais planejam construir uma estrutura no meio da região, onde todas as 40 comunidades pertencentes ao arquipélago, localizadas aproximadamente a 160 km de Macapá, devem coletar água potável de qualidade para consumo, alimentação e higiene, bem como, para a produção de açaí.
Fernando Silva, sócio-fundador da PWTech, explica que a necessidade da instalação veio por conta da dor constante da população que apresenta sintomas relacionados a doenças de veiculação hídrica, como diarréia aguda, desidratação e dores de cabeça.
A PWtech foi convidada pela coordenação do Projeto Calha Norte para participar dessa missão no Amapá que teve a participação de Prefeitos e autoridades estaduais e federais, bem como a CAESA (Companhia de Água e Esgoto do Amapá).
“A situação é crítica e fica ainda mais grave pela falta de sistemas públicos de saúde. Atualmente, o posto de saúde mais próximo fica a muitas horas de barco, rio acima, e o atendimento médico itinerante demora muitos dias para passar por lá, quando as marés do rio Amazonas deixam”, alerta Silva.
Com informações de Giovanna Montagner